Página Actualizada em 16/3/2011
Avisos de perigo – Devem
ser afixados em lugares visíveis avisos ou sinais. A ADAPCDE disponibiliza gratuitamente aos seus associados avisos de funcionamento e de trabalho.
Algumas
exigências nas diversões impostas pela norma ET IPQ111 de 2003 relativamente à
idade:
1-Nos carrosséis
exclusivamente destinados a crianças, o operador ou os assistentes devem estar
presentes na periferia de modo a actuarem imediatamente a qualquer sinal de
perigo
2-O operador dos
seguintes tipos de dispositivos de diversão deve ter pelo menos 18 anos de
idade:
a) Qualquer dispositivo
transportando passageiros, excepto um dispositivo simples, de deslocação lenta
concebido principalmente para crianças (mas ver a alínea c) seguinte);
b) Barraca de tiro onde
sejam utilizados projécteis perigosos;
c) Estrutura fechada
constituindo um dispositivo de diversão capaz de acolher mais de 30 pessoas ou
destinado principalmente para utilização por crianças.
3-Em todos os outros
casos, o operador do dispositivo, ou um assistente desempenhando uma função
crítica de segurança, deve ter pelo menos 16 anos de idade.
Trabalhar com segurança em diversões – apresentação da formação gratuita (em PowerPoint
com 11,2MB)
realizada a 24/1/2009 após a Assembleia-geral houve uma acção de formação sobre trabalhar com segurança em instalações
temporárias, incluindo diversões.
Foto da apresentação sobre como
utilizar extintores, feita pelo formador e bombeiro sapador João Patriarca.
Foto da apresentação sobre primeiros
socorros, feita pelo formador e bombeiro sapador João Patriarca.
Licenciamento
O proprietário para o licenciamento tem de apresentar um termo de responsabilidade subscrito por técnico responsável competente e prova de validade da sua inscrição em associação pública de natureza profissional, de acordo com o art. 10º do DL nº 555/99 alterado pelo DL177/2001 e ex vi o art. 9.º nºs 1 e 3 do DL nº 309/2002.
Formação –
A ADAPCDE, no dia 19/1/2008, ministrou
gratuitamente na sua sede uma formação aos seus associados, com 6h de duração,
intitulada “Montagem e
funcionamento com segurança de instalações temporárias”. Na próxima Assembleia-Geral a 24/1/2008, aproveita-se esta reunião para
tornar a ministrar mais formação de segurança.
OBJECTIVOS do CURSO:
1)
Reconhecer
a importância da formação em Segurança com estabelecimentos e ou estruturas
temporárias.
2) Conhecer os princípios
para a montagem e funcionamento com segurança.
3)
Aplicar
as Boas Práticas de montagem e funcionamento estabelecimentos e ou estruturas
temporárias.
4) Implementar planos de
higiene e segurança.
Temas
Questões legais subjacentes.
Seguros.
Técnicas e regras de montagem e funcionamento com segurança.
Legislação portuguesa em higiene e segurança.
Normas
A ADAPCDE tem na sua sede disponível para
consulta a norma ET IPQ111 de 2003. Facilita-se um índice mais extenso do que o original para encontrar palavras
relacionadas com os riscos e outros.
Riscos
eléctricos
Qualquer estrutura metálica ligada à rede
eléctrica ou a gerador, tem de estar devidamente ligada à terra, e em feiras
atendendo à ligação eventual o diferencial de protecção deve ser de 30mA, em
especial por não conhecer-se o valor resistivo da terra ou se o valor for
elevado, no caso de contacto directo com uma fase, o diferencial dispara quase
instantaneamente havendo modelos em que não se chega a sentir choque
(diferenciais rápidos) não havendo assim o risco de electrocussão se a energia
que está a provocar a electrocussão passar por um diferencial de 30mA e em bom
estado de funcionamento. A Portaria 949-A/2006 de
11/9 permite no ponto 531.2.6.2, que a terra tenha valores superiores a 500
Ohm desde que o diferencial seja de 30 mA. A utilização de diferenciais de
300mA é possível se o valor óhimco da terra estiver de acordo com o cálculo
estabelecido neste diploma.
Nunca
trabalhar sem a ligação eléctrica de terra. Nas instalações temporárias é preciso
ter um cuidado especial com o cabo de abastecimento eléctrico, pois no caso de
ele ficar perfurado e um dos condutores das fases tocar na estrutura metálica,
pode ser fatal para quem estiver no exterior e tocar na estrutura metálica
haverá risco de morte por electrocussão, devido ao cabo eléctrico geralmente
não ter antes do quadro um diferencial de protecção que provocaria o disparo se
houvesse fuga eléctrica à terra. Uma solução será ter um diferencial de
Para prevenção de electrocussão o(s)
diferenciais têm de ser de 30mA e manterem-se em bom estado de funcionamento.
Salienta-se que só se morre por electrocussão quando a corrente eléctrica
atravessa o corpo humano numa intensidade superior a 50mA.
Em cada nova montagem tem de se testar o(s)
diferenciais (cada diferencial tem um botão de teste se o quadro estiver com
energia eléctrica e o botão não provocar o disparo é porque o diferencial está
avariado).
Exemplo - Carros de
choque
As pistas de carros de
choque e carrinhos de choque funcionam do seguinte modo:
1º A energia eléctrica (3
fases de 240VAC ao neutro) é transformada por transformador isolado, a seguir
há 6 diodos rectificadores de grande corrente (
Nota as pistas de
12m*24m levam no máximo 24 carros, só as pistas de 32, 36, até 42m é que levam
mais carros. Há pistas com 11 e
2º No caso dos carros de
choque o valor máximo é 100VDC RMS (para maiores de 4 anos acompanhados) e
60VDC RMS valor máximo no caso dos carrinhos de choque só para os mais pequenos
desde
3º Existe um sistema
eléctrico/electrónico de comando e accionamento, que para fazer andar os
carros, dá um sinal sonoro e liga durante
A estrutura ou a cabine
só poderão dar choque quando a pessoa estiver com um pé no chão, (descalçado ou
calçado com sapatos de couro ou borracha com pregos que não isolam) e toca com
a mão ou outra parte do corpo em parte metálica que esteja sem a correcta
ligação à terra. Mesmo no caso de não haver nenhuma fuga eléctrica a estrutura
devido ao grande comprimento de cabos energizados, estes provocam uma indução
magnética na estrutura de aço, podendo dar choque se a terra tiver um valor
resistivo elevado.
Podem e deve haver para
uma melhor terra mais de uma estaca de terra, mas têm de estar todas ligadas
entre elas para evitar que possam sugerir diferenças de potencial entre elas,
ou seja a ligação de terra tem de ser equipotencial.
Incidente
ou acidente de 12/8/2007 em Oliveira de Azeméis,
Morreu uma criança de 6
anos (Micaela), na pista de carros de choque, alegadamente electrocutada.
Para averiguar se havia
alguma anomalia e a pedido do seu proprietário da pista de carros de choque
(José Marques), que naquela altura era associado da ADAPCDE, o Eng.º Mário
Loureiro, com experiência em manutenção de pistas de carros de choque desde
1983, deslocou-se em 14/8, ao local, e confirmou que a instalação não tinha
nenhum problema eléctrico. A resistência de terra apresentou o valor de 2 Ohm,
efectuou diversas experiências simulando fugas ao equipamento, empregando para
tal uma lâmpada de 10W de 230V ligada a uma fase. Testou vários pontos da
estrutura, cabine, rampa, tendo o diferencial disparado sempre instantaneamente
sem a lâmpada chegar a emitir luz (só chegava ao rubro).
Segundo o que foi
relatado ao engenheiro, a criança foi retirada do chão junto à rampa e foi
deitada em cima do passeio, tendo um enfermeiro tentado a sua reanimação sem
sucesso, que a criança tinha o pé entalado entre a rampa de acesso do público à
cabine e o passeio da pista. Das informações dadas pela comunicação social ela
teria uma marca no pé motivado por descarga eléctrica, mas após análise ao
local aponta a hipótese da ferida no pé ter sido originada por esmagamento,
porque aquando da criança ter ficado imobilizada em cima do passeio, terá
havido grande afluência do publico em cima da rampa para ver o que se estava a
passar, e atendendo a que a rampa faz arco com o peso das pessoas é natural que ela apresente algum sinal no pé.
O engenheiro verificou que não havia qualquer cabo num raio de superior a 2m,
para causar qualquer contacto com a criança.
O DN divulgou a 27/7/2009
que o proprietário e o técnico que inspeccionou o equipamento foram acusados de
homicídio por negligência no mês de Julho de 2009.
Atendendo a que o
município de Oliveira de Azeméis não exigia técnico responsável pelo
equipamento como é exigido pelo DL 309/2002 e como não procedeu à vistoria do
mesmo supõe-se que não haveria engenheiro responsável pelo equipamento e que o
técnico que o inspeccionou seja o engenheiro responsável pela instalação
eléctrica.
Devido a vários associados terem comentado com esta
associação de que o acusado é o Eng. Mário Loureiro, esclarece-se que este
nunca foi responsável pela instalação/equipamento e que o engenheiro
responsável pela instalação eléctrica era o Eng. Técnico António
Augusto Alves Pacheco.
Pistas de
carros de choque são seguras
Sendo a pista de carros
de choque um local seguro de riscos eléctricos, se forem satisfeitas as
exigências da correcta ligação de terra e diferencial de 30mA a funcionar,
quando em comparação com eléctricos, trolleys, comboios e metros, que funcionam
com tensões de 1000V ou mais, mesmo comparado com as casa de habitação que não
têm geralmente diferenciais de 30mA. Devido a ser uma estrutura fechada a
máxima tensão envolvida será de 240VAC e 100VDC.
No caso de qualquer
pessoa, utente de equipamento de feira, detectar que o mesmo está a dar choque,
deve imediatamente alertar o proprietário. No caso do proprietário não ir
verificar a anomalia deve queixar-se ao responsável da feira, pois pode a
ligação de terra estar a fazer mau contacto, o diferencial ter avariado ou pode
ainda algum cabo que venha do abastecimento público sem protecção diferencial,
ter perfurado o seu revestimento e algum dos fios, estar em contacto com alguma
parte metálica do equipamento. Pode também participar dessa anomalia à nossa
associação pois a segurança é indispensável ao exercício do sector, para que
haja crescimento e não redução de actividade.
A ADAPCDE propõe o seguinte:
a) A entidade que efectuar a ligação eléctrica deve confirmar se os diferenciais do quadro geral são adequados e funcionam correctamente; no caso de avaria de algum diferencial que não tenha outro adequado em série, não pode deixar a ligação efectuada;
b) A ligação eléctrica de terra às diversas estruturas metálicas electrificadas tem de ser efectuada;
c)
O abastecimento eléctrico a instalações amovíveis deve, sempre que possível,
provir de quadros térreos com diferencial de
d) Devem dispor de linha de terra para conectarem o cabo de terra ao quadro do espectáculo; em alternativa se houver um poste metálico de iluminação nas proximidades, porque estes apresentam um baixo valor da resistência eléctrica da terra, aproveita-se um perno roscado da fixação para lá apertar o cabo de terra com outra porca.
Seguros
Tem de se exigir seguro de responsabilidade civil a todos os prestadores de serviços que exerçam actividade no evento.
Legislação,
Proposta de alterações à
A associação ADAPCDE propôs ao governo (Setembro
de 2007) que a legislação obrigue a que o electricista que estabelecer a
ligação eléctrica a qualquer equipamento de feira, em primeiro verifique se
existe a(s) ligação(ões) de terra e só depois efectue a ligação, e que seja
também obrigado a testar os diferenciais primários, no caso de algum estar
avariado ou ser de valor superior a 30mA, a ligação terá de ser cortada no
prazo dado pelo electricista para troca dos diferenciais avariados ou
incorrectos.
Como já são utilizados variadores nas feiras,
para alimentar os mesmos, os diferencias normais de 30mA não servem porque é
normal o valor da corrente que é escoada por condensadores de filtragem à terra
para reduzir as interferências ultrapassar os 30mA, assim, deve ser autorizado
o uso de diferenciais de valor superior mas de valor ajustável, ou diferenciais
“inteligentes”, como já acontece com divertimentos de origem comunitária.
A obrigação de haver diferenciais e de se
fiscalizar uma vez por ano o seu correcto funcionamento deve estender-se a
todos os consumidores de electricidade. Por exemplo os Bombeiros Sapadores de
Lisboa indicaram que a maior causa de incêndio na capital são os riscos
eléctricos, ora, acontece que as instalações anteriores a 1975 ver Decreto-Lei
n.º 740/74 de 26 de Dezembro não
estarão na maioria equipada de diferenciais. Será muito mais seguro a
utilização de diferenciais de 30mA em habitações, em vez de 300mA os quais são
permitidos, pois se o diferencial não avariar será quase impossível morrer
electrocutado (exceptua-se descargas atmosféricas que são de milhões de volt).
No dia 23 de Julho de 2009 esta associação
entregou ao governo uma alteração à sua proposta
legislativa de 21/9/2007, da qual se realça a obrigatoriedade de um mínimo
de formação por cada operador responsável por divertimentos uma vez que tal não
está definido por lei.
Inspecção
Em Espanha as inspecções aos divertimentos são
feitas na maioria dos casos por engenheiros mecânicos. - Veja exemplo - frente - verso
Normas
O Decreto-lei
309/2002 exigia o cumprimento da Norma IPQ 111/2003 mas foi alterado pelo DL268/2009 que passa a exigir
o cumprimento de novas normas.
Os divertimentos antigos não têm que ser
obrigados a estarem de acordo com as novas normas mas sempre que possível e
quando não exija um grande investimento em especial nos requisitos de segurança
devem-se procurar actualizações.
Por exemplo na Alemanha (ver fotos da feira de
Munique 2008) os divertimentos antigos funcionam relativamente bem e chegam a ter 100 anos porque o público
não é tão preconceituoso como o português e não são obrigados a cumprir as
últimas normas.
Divertimento com mais de
100 anos Divertimento
com 85 anos, a maior parte é em madeira
Divertimento com mais de
75 anos, a maior parte é em madeira
carros de choque com aberturas
Não tem a altura à rede, não tem grades, nem outros exigidos